quarta-feira, 10 de março de 2010

Beleza volátil.

O que ainda está bombando nos cinemas tupiniquins é o filme Avatar, uma bela obra visual que mereceria enredo um pouco mais consistente e original.

Apesar de lançado no final do ano passado, ainda há enorme disputa por alguma imunda poltrona das nossas salas de exibição. A questão das salas merece destaque; acontece que os empresários do ramo, cientes do quanto somos subdesenvolvidos, resolveram aplicar uma jogada que deu resultados excepcionais: transformaram salas convencionais em salas de exibição 3D. Na verdade um 3D de "janelinha" que coloca o expectador na díficil tarefa de tentar compor um ambiente visual tridimensional misturado a elementos fixos reais estabelecidos pelas fronteiras da pequena tela.

Até nos óculos foi possível economizar porque o que havia por ver era bem pequeno dispensando os óculos grandes, como este em que nossa modelo Dako gentilmente posa na foto.(A Tia-avó Dako foi fotografada quando estávamos prestes a assistir uma exibição no IMAX do Suntory Museum de Osaka, um cinema 3D com tela de 20 x 28 m) .

Voltando ao filme, a obra é de uma riqueza visual primorosa, chegando a ser exagerada e redundante. Buscando popularizar o filme, garantindo retorno ao capital investido, optou-se por uma comunicação visual obvia e didática demais. Como sempre o "bom para os negócios" comprometeu a arte.
Como já disse, o roteiro é prá lá de precário. Melhor seria se fizessem o filme sem diálogos e, na saída nos dessem uns DVDs de "Dança com Lobos" e "Derzu Uzalá" para assistirmos em casa um roteiro decente e original que lhes serviu de referência.
Mas a diversão é boa, afinal temos que nos entregar um pouco ao lazer fácil, ao entretenimento singelo.


Nossa, só agora percebo a estranha noite do Avatar: primeiro encontramos sala cheia no Diamond Mall, depois fomos ao Pátio Savassi e conseguimos ingresso para as dez e meia da noite, aí fomos jantar e resolvemos conhecer a Cebola do Outback, uma bela droga. A Mica advertiu que não valeria a pena encarar a cebola, mas sabe como é, teimosia mata! Hehehe.

E, para finalizar este post metido a crítico de arte, vai também uma foto, deste que vos escreve, todo paramentado para mergulhar no IMAX de Osaka. Observe que estou com fones e a Dako não, os fones são para ouvir a locução em Inglês.

Um comentário:

  1. eu insisti com o vô Luís para assistir pois todos estavam dizendo que era maravilhoso,mas nós que ,já tivemos a grata oportunidade de ver muita coisa para lá de maravilhoso,nos decepcionamos, mas valeu para conhecer o filme . O filme do Japão era do fundo do mar, as águas vivas eram tão reais que até estendiamos a mão para pegar,foi tão espetacular que a tia Dako ,quando saimos do cinema falou,"-agora já posso morrer ,pois já vi a coisa mais linda do mundo"

    ResponderExcluir