terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Do Zé do Caixão à Conquista da Lua


Você consegue adivinhar quem está aí na foto acima?
Tá fácil né?
O galã da foto é o Tio Dedê...
Mas o que eu realmente quero saber é que carro é esse!

Vou dar uma dica: Sua mãe e seu avô trabalharam na fábrica deste carro.
Ih, ficou fácil né?

Nem tanto, trata-se do Fusca 4 Portas, lançado pela VW em 1968 e que talvez tenha desaparecido precocemente em 71, por conta de um apelido.

Acontece que naquela época os carros eram mais arredondados (fusca, gordini, dkw) e ao ver este carro todo quadradão com 4 maçanetas, as pessoas começaram a chamá-lo de "Zé do Caixão", e o apelido pegou mesmo.
Aí surgiu o problema: quem, afinal, gostaria de dirigir um carro conhecido como Zé do Caixão?

Bem, seja por este ou por outro motivo, o fato é que em 1971 o carro desapareceu do mercado, foi descontinuado, foi morto e enterrado pela sua fabricante.

Mas, e a conquista da lua, o que tem a ver com isso tudo?

Calma!

Quando este carro ainda era uma grande novidade (naquela época os carros novos iam aparecendo bem aos poucos nas ruas), eu fui com minha mãe passar as férias de julho na casa de um padrinho de casamento dela, o Tatú, na cidade de Aparecida.

Coincidentemente, neste mesmo mês de julho ocorreu o lançamento da 11ª missão espacial do projeto Apolo, a Apolo 11 e no dia 20, bem à noite, pela tela de uma TV em branco e preto cheia de chuviscos, eu torcia para que o astronauta conseguisse pisar na Lua. E conseguiu!

Nossa, eu nem acreditava, pulava de alegria e com minha voz de 10 anos gritava entusiasmado que o homem havia pisado na Lua!

De repente, aconteceu algo lindo: Os sinos da Basílica Velha começaram a tocar; logo depois os do Seminário Redentorista e em seguida tudo quanto era sino dali e foi uma extravagância sonora inesquecível!

Tá, mas e o que isso tem a ver com o Zé do Caixão?

Calma Garotão!

Tem a ver que nesta viagem nó tomamos um taxi; e este taxi era um autêntico fusca 4 portas novinho em folha! E lá estava eu andando num carro diferente que quase ninguém conhecia, e a molecada daquela época tinha o maior orgulho de contar para os amiguinhos que já tinha andado nesse ou naquele carro.
Ah, adivinha o meu orgulho em voltar das férias contando a novidade, matando de inveja meus coleguinhas...

Isso é que é coisa de criança e, de adulto, a lembrança.

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Um comentário:

  1. Tio Dedê é como a Elisa chama carinhosamente o Takaite ,fui eu quem a ensinei e nem sei porque, mas lembro-me que o Bub, amigo nosso de Santo André,que já não está entre nós há muito tempo, tratava o Takaite exclusivamente de "tio Dede"

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