segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Safra

Entretido a lavar a louça de nosso almoço, nem percebi que a Tia Mica ausentara-se até que, pela janela, a vejo voltando da horta, abraçada a um punhado de grandes e tenras espigas de milho verde.
Logo que entrou pela cozinha fui perguntando se estavam granadas e ela afirmou que sim pois na semana anterior já estavam quase no ponto.
Fomos logo retirando as palhas enquanto planejávamos o destino do nobre produto. Algumas foram separadas para fazer milho cozido e delas não retiramos a última palha junto aos grãos para preservar um pouco do cabelo que dá um sabor diferenciado. As demais viraram ingrediente para duas deliciosas quitandas: bolo de milho verde e curau.
Se há algo que me emociona é colher o fruto no pé, observá-lo bem de perto e apreciar a forma como é constituído, como a água por ele flui, sua geometria perfeita a cor e brilho de cada parte.

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